domingo, 7 de julho de 2013

Amizade além da morte...Uma história verídica e sem explicação...





Eram muito amigos. Foram criados juntos, senhor Pedro(nome fictício) e meu avô. Cresceram, foram para a mesma escola, eram como irmãos. Depois de casados a amizade continuou , mas agora já haviam
mais pessoas envolvidas naquela bela e verdadeira amizade, suas esposas e filhos. Se um estivesse precisando de ajuda ou qualquer tipo de apoio, lá estava o outro, já se sentiam irmãos. Meu avô morava com a família, em uma casa duas horas a cavalo de distância da fazenda de seu amigo irmão. Sempre que um ia na casa do outro e isso acontecia com frequência, era uma jornada de duas longas horas em cima do lombo de um cavalo, mas isso não impedia de irem se visitar. Um belo dia meu avô estava sentado na varanda da sua casa "proseando" com minha avó, que havia acabado de lhe servir, uma bela xícara de café, com bolo. Meu avô  estava acabando de saborear seu café, quando avistou o amigo ao longe. E disse para a minha avó, traga mais uma xícara que o Pedro está chegando. Assim como se consideravam irmãos, para a minha avó ele era uma espécie de cunhado, pois a amizade dos dois era tanta que as vezes se esqueciam que não eram irmãos. Minha avó correu na cozinha e quando voltou com a xícara, senhor Pedro já estava sentado, na cadeira da varanda, conversando  com meu avô. Bebeu café, comeu bolo, mas desta vez havia algo estranho no olhar dele. Parecia triste, mas ao mesmo tempo, estava em Paz. Talvez algum tipo de problema o atormentava e minha avó pensou em deixá-lo as sós, talvez ele quisesse desabafar com o amigo, mas quando ia se retirar, senhor Pedro lhe pediu que ficasse dizendo: Comadre, vim aqui para me despedir de vocês, aliás das crianças também. Meu avô indagou: como assim se despedir? Você vai mudar de cidade? Não! Respondeu senhor Pedro. Vou fazer uma viagem muito longa, quando meu avô ia lhe perguntar para onde, senhor Pedro falou outra coisa e essa pergunta acabou ficando esquecida. E quando meu avô tocava no assunto da viagem, algo acontecia e acabavam falando outra coisa. De repente senhor Pedro se levantou e disse: já vou indo, pois está na minha hora. Meu avô insistiu que ficasse mais, mas ele disse que não poderia, que estava atrasado. Deu um forte abraço em meu avô, chamando-o de caro amigo e disse que sempre seriam amigos, o que fez meu avô estranhar, porque será que ele estava falando daquele jeito? Despediu-se de minha avó, apertando-lhe fortemente a mão, saltou no cavalo e se foi, dando um último aceno, ao se aproximar da curva da estrada. Meu avô  continuava sentado na varando conversando com minha avó e tentando entender, que mistério havia em torno da viagem do senhor Pedro, lembrando-se, que se esqueceu completamente de perguntar-lhe de novo, para onde iria e quando voltaria. Não se passaram nem dez minutos de sua ida, ouviram o som das patas de um cavalo se aproximando rapidamente. Quando chegou perto da varanda o neto do senhor Pedro, saltou do cavalo chorando muito e disse: vim comunicar ao senhor que meu avô, seu grande amigo, está morto. Meu avô levantou-se da cadeira em um sobressalto e disse, o que houve, ele caiu do cavalo? Vou depressa para a estrada quem sabe você se enganou e ele esteja vivo, me conte o que aconteceu? O rapaz sem entender nada disse, mas não foi na estrada, meu avô nem saiu de casa hoje, porque não estava se sentindo muito bem, faleceu há mais ou menos umas três ou quatro horas  e só há duas horas deu para vir avisar o senhor,o coração do meu avô parou de repente e ele morreu. Meus avós se assustaram tanto com o que acabavam de ouvir, que quase não conseguiam falar. Mas como assim? Isso é impossível, deve ter uns dez minutos que ele saiu daqui a cavalo, por isso pensamos que havia sido na estrada. Agora quem estava confuso era o rapaz. Me desculpe, mas é impossível ele ter estado aqui, já  que está lá em casa dentro de um caixão. Meu avô lhe mostrou a terceira xícara de café, vazia em cima da bandeja, colocada sobre uma pequena mesa na varanda. O rapaz, sem entender como aquilo seria possível, disse: não sei o que aconteceu aqui hoje e sei que o senhor é um homem de bem e jamais mentiria, mas também sei que meu avô está morto há um bom tempo. Nesse instante meu avô se lembrou que o amigo, havia ido se despedir dele, dizendo que faria uma longa viagem, no susto da notícia trazida pelo rapaz, ele havia se esquecido desse detalhe. Meu avô ficou em silêncio por alguns minutos e disse. Não sei como, nem como se explica isso, mas ele esteve aqui  mesmo depois de morto, veio se despedir...

2 comentários:

  1. Olá, amiga!
    Essa história é muito linda de verdade!
    Com certeza , ele não conseguiu partir para a pátria espiritual , sem se despedir do seu amigo irmão...eu acredito , já ouvi relatos semelhantes...não tenho como duvidar...isso é prova de q a vida é muito mais do q a luta material do dia a dia , a vida é bonita , cheia de lições e eterna! Se tiver outras, nos conte...gosto demais! Grande beijo!

    ResponderExcluir
  2. Oi Inês, tudfo bom com você amiga? Espero que sim!!
    Nossa que história mais linda de uma amizade verdadeira.
    O amigo do seu avó tinha que reunir suas ultimas forças na matéria para ir abraçar e se despedir daquele que ele escolheu como irmão de alma. Era o irmão que ele escolheu em vida... Muito lindo.
    Com certeza,formaram uma grande dupla no andar de cima quando enfim se reencontraram.
    Linda historia A-DO-REI!!!!!!!!
    Bjs mil e bom inicio de semana.
    Fique com Deus.

    ResponderExcluir

Que bom que você veio!Fiquei feliz em te ver e mais feliz em receber seu comentário...Obrigada..Bjimmmmm